O Gênero da lâmpada

Esclarecendo de forma breve, concisa e objetiva sobre o tal gênero neutro na Língua Portuguesa, podemos dizer simplesmente o seguinte: Não existe em nosso idioma! Nossa Língua possui apenas dois gêneros o masculino e o feminino, vale ressaltar que o primeiro prevalece, em alguns casos, mas isso não é uma regra engessada, haja vista o caso dos substantivos sobrecomuns: a vítima, a criança, a pessoa etc.

Portanto, é um fato muito claro a inexistência de palavras como todes. Contudo, se a dúvida persistir e houver necessidade de provar essa argumentação, basta uma rápida consulta aos mais de 360.000 verbetes devidamente registrados no VOLP, que já conta com as alterações do Novo Acordo Ortográfico firmado pelos 9 países ligados pelo idioma ou países lusófonos:

Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Brasil, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.

Em Portugal, essas novas regras entraram em vigor no ano de 2009, mas aqui no Brasil o prazo sofreu algumas alterações. Inicialmente a renovação ortográfica entraria em vigor em janeiro de 2013. Porém, o governo brasileiro decidiu estender o período para implementação. E por brincadeira ou ironia do destino, coube a mais famosa denfensora do vernáculo castiço,

a presidente Dilma, decidir então que janeiro de 2016 seria o momento certo para tornar obrigatórias as novas regras do acordo ortográfico.

Mas o que é o VOLP?

Em 1971 o Presidente Médici sancionou a Lei 5.765 que trouxe algumas alterações para nosso vernáculo, entre elas cito a abolição dos hiatos átonos que até então eram usados. Sim! Palavras como vaidade e saudade recebiam o trema (vaïdade e saüdade), mas os gêneros nunca foram alterados. Segundo a referida Lei, a ABL - Academia de Brasileira de Letras ficou responsável em promover a atualização do Vocabulário Comum que hoje conhecemos como VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Essa rápida análise serve para mostrar que nosso idioma não é terra sem lei e que devemos tomar cuidado com as ideias que compramos, pois corremos o risco de ver o gênero da lâmpada mudar só por que nos deixamos levar pelo politicamente correto!

Jorge Schimidt