Eleições da Pandemia
- Jornal TC

- 6 de nov. de 2020
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Esse ano teremos eleições municipais em meio a uma pandemia jamais vista por nós. Talvez alguns de nossos avós tenham vivenciado à pandemia do início do século passado. A diferença é que tivemos cem anos para avançarmos em tecnologia e na teoria deveríamos conseguir deter com muita rapidez e eficiência qualquer tipo de vírus, ameaça bacteriológica ou àquelas doenças apocalípticas dos filmes de Hollywood. Entretanto parece que regredimos duzentos anos em cem, pois hoje pessoas que não tem estudo, não leem, não se aprofundam em nenhuma matéria específica se acham no direito de rebater estudos científicos e ate refutar a ciência em nome de sua auto proclamada sapiência adquirida na “faculdade da vida”. Em sua grande maioria, essas pessoas estão meramente baseadas em fake news, reuniões com especialistas em grupos de Whatsapp, achismos, ignorância, fundamentalismo religioso ou até todos eles reunidos. Um retrocesso retumbante da massa que gera perdas significativas em relação à aquisição de conhecimento e conquistas à humanidade. Há vinte anos seria motivo de chacota o cidadão que se dissesse de um movimento antivacina. A verdade é que essas “teorias” criadas por pessoas descompromissadas com a realidade causam estragos imensuráveis em nosso quotidiano, pois infelizmente refletem na parcela mais carente da sociedade. A reboque ainda precisamos lidar com a população necessitada que são facilmente manobradas por essas informações maliciosas e tendenciosas ficando ainda mais vulneráveis perante os riscos expostos. Nessa questão entra com voracidade uma propaganda maledicente que tenta há muito tempo mostrar para a gente que não vale a pena votar e que nada do que façamos irá melhorar o que ai está. Ledo engano senhores, pois a única forma de modificar alguma coisa vigente é através do voto. Direito democrático garantido com muito custo e luta pelos nossos antepassados. Por isso, não se deixe enganar e nem se contagiar com esse vírus mortal que é o da propaganda enganosa. Sempre que alguém vier com essa conversa tentando minar-lhe ou contagiar-lhe com o desânimo e disseminando certezas absolutas, vacine-se! Vacine-se contra a ignorância disfarçada de regra. No dia da votação vá à urna e deposite nelas todas as suas convicções.
Renato Rivello tem 42 anos, é flamenguista, pai da Rannya e Rayanne. Escritor e colunista da Revista digital Entre Poetas & Poesias, publicado em Antologias e Coletâneas , sendo ainda premiado em alguns concursos literários pelo Brasil.





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